O amor de Deus revelado em Jesus aos necessitados, órfãos, viúvas e a todos os pecadores é de dar um nó na garganta dos mais puros religiosos, sejam eles dos tempos neotestamentário ou dos tempos contemporâneos (atuais).
O mundo está sempre indagando ao Senhor após as tragédias. São questionamentos diretos; e a igreja do Senhor por vezes têm sido vista como boca de Deus, ou seja, aquela que tem a responsabilidade de demonstrar através de seus atos qual é a resposta de Deus.
Em Jesus aprendemos que a igreja precisa sim fazer diferença, não sendo conivente com o pecado, não tendo comunhão alguma com as trevas, mas ao mesmo tempo amando, perdoando e acolhendo o pecador.
Jesus, respondia a seus interlocutores não necessariamente o que eles queriam ouvir, mas, exatamente o que eles precisavam ouvir.
Aprendemos isso com o fato da mulher samaritana pega em flagrante delito adulterando (João cap. 8). Afinal, pela lei de Moisés e pela observação religiosa daquele povo ela já estava condenada.
Todos ao redor de Jesus queria vê-lo condenando-a, já que ele era servo de Deus, não poderia errar no cumprimento da lei. Já que Jesus representava o pai qual seria sua posição diante daquela situação.
Pois bem, Jesus demonstrou não concordar com o pecado dizendo à mulher que não voltasse a cometê-lo novamente: vai-te, e não peques mais (v.11).
Não a condenou, mas se demonstrou amável e a defendeu de seus acusadores: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela (v. 7).
Não era essa a atitude que o povo esperava do Senhor Jesus. Como igreja de Cristo na face da terra precisamos ter olhos, mãos e coração de Deus, isto é; agir com misericórdia! Precisamos fazer diferença; como assim!?
Em qualquer outro grupo organizado de pessoas, se destituiria um membro por uma falta grave, é assim nas forças armadas, nos clubes de futebol, nas empresas, nas ONGs, nos setores públicos e por aí vai. Em resposta a sociedade, e à opinião pública pessoas são exoneradas, execradas e abandonadas.
Fazer diferença e fazer exatamente o contrário do que o mundo faria; e só a igreja genuína de Jesus poderia fazer isso, COMO IGREJA PRECISAMOS APRENDER A AGIR COMO O MESTRE, não dando como resposta o que o mundo quer, todavia o que o mundo precisa.
E o que o mundo precisa é enxergar na igreja alguém que ama, perdoa e acolhe, caso contrário não seremos diferente de nenhum outro grupo social que alguém possa participar.
Somente a igreja lavada e remida no sangue de Jesus pode fazer tal coisa, pois só pratica o perdão quem já o recebeu da parte de Deus. Se só amamos quem nos ama, e se só conseguimos conviver com quem nunca erro conosco: isto não é cristianismo. Trata-se de uma religiosidade disfarçada de santidade.
Não consigo entender perdão que não suporta ver a cara do irmão, isto é hipocrisia. E assumir isto com a desculpa de não ser hipócrita é incoerência, é pregar o cristianismo e não vivê-lo.
Se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus (aqueles mesmos que levaram a mulher adúltera aos pés de Jesus), de modo nenhum entraremos no reino dos céus (Mt 5.20).
Não podemos agir da mesma maneira que o mundo ou os grupos sociais agiria, somos o exemplo que o mundo precisa seguir, eles é que precisa fazer igual a nós (o que é impossível caso vivamos como Cristo nos ensinou) e não o contrário. Lembra o que foi dito aos antigos? Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Jesus, porém, nos diz: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.
É um duro exercício, mas se quisermos ser chamados filhos de Deus, precisamos praticar o que o pai nos ordenou, isto sim é fazer a diferença, isto sim é santidade, viver a pureza da palavra de Deus!
Sendo assim não posso deixar de orar por mim mesmo: Senhor... seja feito a tua vontade, assim na terra como no céu... e não me deixe cair em tentações, mas livra-me do mal, amém!!!
Oro assim, pois todos estamos sujeito aos mesmos erros, e a mensagem serve primeiramente à mim próprio.
No temor do Senhor!
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